Telmo era um sapo que tinha dificuldades em integrar-se num grupo. Tinha as pernas curtas, o que lhe impedia de dar grandes saltos, por isso era esquecido pelos outros e ficava sempre para trás. Por isso habituou-se a saltar sozinho. Saltinho aqui, saltinho acolá, lá fazia as suas brincadeiras e explorações.
Um dia, andava aos saltinhos perto do rio, a brincar no meio das flores atrás das libelinhas, quando uma das mais atrevidas, foi poisar numa pedra no meio do rio. Telmo não mediu a distância de segurança para dar o salto até à pedra e chap, caiu na água. Tentou agarrar-se à pedra, mas já não a conseguiu alcançar.
A corrente era forte e levava Telmo por arrasto. Por mais que agitasse as suas patas não conseguia agarrar nada, até que conseguiu apanhar uma folha caída de uma árvore. Subiu para cima dela ofegante, mas o rio continuava a puxar com toda a força. Telmo queria lutar contra a corrente, e dando às patitas, lá ia conseguindo aproximar-se da margem que formava outro ribeiro, mas com menos força.
Só que este ribeiro levou Telmo para um pântano, onde era bem mais difícil de se salvar. A folha já estava toda cheia de lama a afundar-se e Telmo desesperava.
- Porquê só a mim, meu Deus? Eu mereço isto?
Um raio de sol refletiu em Telmo:
- Meu filho, se te tivesses deixado levar pela corrente, agora estarias limpo e na margem junto a um lindo vale.
Telmo estremeceu com a voz.
- Quem és tu?
- Tu chamaste-me, mas eu estive sempre aqui para ti, para te guiar pelos melhores caminhos. Agora não desesperes. Pára de espernear para não te cansares e depois segue pelo tronco que está ao teu lado, mas que o desespero não te deixava ver.

Aventuras Contadas
para ler e sonhar,
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Criado por Angela Antunes